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CARDIOMIOPATIA DE TAKOTSUBO – DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL DE SÍNDROME CORONARIANA AGUDA: RELATO DE CASO

Oliveira RRS, Munhoz DB
INSTITUTO DANTE PAZZANESE DE CARDIOLOGIA - - SP - BRASIL, FACULDADE DE CIENCIAS MÉDICAS – UNICAMP - - SP - BRASIL

 

INTRODUÇÃO:

A Cardiomiopatia de Takotsubo (CT), ou Cardiomiopatia por Estresse (entre outras denominações), descrita em 1990, é cada vez mais reconhecida em todo o mundo como importante diagnóstico diferencial da Síndrome Coronariana Aguda (SCA). Sua apresentação, bem como achados de exames complementares são variados e sua evolução, frequentemente reversível, pode ser trágica se não for prontamente reconhecida. Este trabalho tem como objetivo relatar o caso de uma paciente do gênero feminino, atendida em um serviço terciário como um Infarto Agudo do Miocárdio com Supradesnivelamento do Segmento ST (IAMCSST), com achados sugestivos de CT e com evolução à óbito apesar das medidas otimizadas instituídas.

MÉTODOS:

Trabalho realizado no formato de relato de caso. A revisão de literatura foi realizada utilizando a base de dados online Pubmed. Projeto submetido à aprovação do Comitê de Ética e Pesquisa com solicitação de dispensa do termo de consentimento livre e esclarecido.

RELATO DE CASO:

Paciente do gênero feminino, 69 anos. Apresentou quadro de dor precordial, em aperto, de início súbito, progressiva e de forte intensidade, com irradiação para região cervical e mandibular, que a fez procurou atendimento na Unidade de Pronto Atendimento da sua cidade de origem. Eletrocardiogramas seriados sugeríam IAMCSST. Realizadas então a terapia antiplaquetária dupla, terapia antitrombótica e a trombólise química com tenecteplase. Encaminhada ao serviço de referência para terapia fármaco-invasiva.

No hospital terciário, enquanto aguarda estratificação invasiva, evoluiu com quadro de choque cardiogênico. Eletrocardiograma evidenciava supradesnivelamento difuso do segmento ST. Ecocardiograma trasntorácico evidenciava disfunção do ápice do ventrículo esquerdo, bem como derrame pericárdico moderado sem repercussão hemodinâmica. Cineangiocoronariografia não mostrou lesão obstrutiva única cupável em arterias coronarianas. Ventriculografia exibia acinesia anterior e discinesia septo-apical com déficit contrátil global importante. Feita então a hípotese de CT. Apesar das medidas intensivas instituídas, a paciente evoluiu com choque refratário e óbito.

CONCLUSÃO:

A CT, descrita há mais de 30 anos, permanece com sua fisiopatologia pouco conhecida, necessitando ser melhor estudada e entendida, uma vez que pode se apresentar como diagnóstico diferencial de SCA, evoluindo em alguns casos de forma trágica.

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