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10 a 12 de junho de 2021

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TRABALHOS APROVADOS > RESUMO

Valve-in-Valve Aórtico com Cracking do Anel e uso de Dispositivo de Proteção Cerebral

Jose Carlos Albuquerque da Silva, Antonio Fernando Diniz Freire, Pedro Felipe Gomes Nicz, Diego Carter Campanha Borges, Ricardo Cavalcante e Silva, Pedro Henrique M. Craveiro de Melo, Fábio Sândoli de Brito Jr
Hospital São Camilo - São Paulo - SP - Brasil

Caso: Mulher, 80 anos, com estenose aórtica importante, secundária a degeneração de prótese biológica (Dokimos Plus 21mm) implantada cirurgicamente há 12 anos evoluindo com piora do quadro de insuficiência cardíaca (NYHA III) nos últimos quatro meses.

EcoTT com prótese biológica aórtica calcificada, área de 1,0 cm2, gradiente pico/médio de 75/45 mmHg, FEVE 62%. Devido ao risco cirúrgico, alto grau de fragilidade e piora progressiva dos sintomas, foi optado pelo procedimento percutâneo de Valve-in-Valve (ViV) aórtico. 

Optado pela utilização de uma prótese Medtronic Evolut R 23mm de acordo com as medidas da TC, True ID e informações do aplicativo ViV aortic. Programado pré-dilatação, implante do dispositivo Evolut R e pós-dilatação com cracking. Além disso, optamos por proteção cerebral bilateral com filtro carotídeo devido ao elevado risco de AVE.

O procedimento foi realizado sob anestesia geral, guiado por fluoroscopia e ecocardiograma transesofágico (EcoTE). Realizado posicionamento dos filtros de carótida bilateralmente e do fio dedicado ao VE, realizado pré dilataçao do anel, implante da prótese Evolut R n 23mm (sem expansão desejada). Optado por pós dilatação (cracking) com balão NC 18mm. Observado controle ecocardiográfico e angiográfico satisfatório com gradiente de 11 mmHg e leak paravalvular discreto. Após a retirada dos filtros de carótida, foi observada a presença de trombo em filtro direito. 

Paciente evoluiu estável sem déficits focais com alta hospitalar após três dias do procedimento. No follow-up de seis meses, manteve-se sem eventos e em CF I.

Discussão e conclusão: O ViV é eficaz para o tratamento da disfunção de válvulas bioprotéticas cirúrgicas em pacientes de alto risco cirúrgico. Os pacientes possuem um risco aumentado de mismatch, limitando a expansão total e reduzindo a área de orifício efetiva máxima alcançável da prótese transcateter. O cracking da válvula bioprotética é uma técnica destinada a minimizar esse problema sendo realizado com balão NC e alta pressão para fraturar o anel cirúrgico, permitindo uma maior expansão da prótese transcateter implantada, aumentando assim a área de orifício efetiva máxima alcançada.

Em relação ao uso de dispositivos de proteção cerebral, sabe-se que uma proporção de pacientes submetidos ao implante transcateter sofre eventos neurológicos relacionados ao procedimento, com taxas de AVE clínico em 30 dias na faixa de 4-7%. O uso de dispositivo parece estar associado a reduções nos marcadores de imagem de infarto cerebral em pacientes submetidos a TAVI.

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41º Congresso da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo

10 à 12 de junho de 2021