Introdução: As doenças cardiovasculares são a principal causa de mortalidade proporcional no Brasil desde a década de 1960. Dentre elas, o Infarto Agudo do Miocárdio (IAM) apresenta grande destaque por sua alta incidência e morbimortalidade a curto e longo prazo. Conhecer os principais fatores de risco e as principais variáveis associadas ao infarto agudo do miocárdio é fundamental para a implementação de estratégias eficientes de prevenção. Métodos: Trata-se de uma pesquisa epidemiológica, descritiva, transversal e retrospectiva. Os dados apresentados foram coletados do banco de Informações de Saúde do DATASUS (TABNET) do ano de 2020 e 2021. As variáveis analisadas foram: gênero, cor/raça e faixa etária. Resultados: No ano de 2020 foram registradas 10.509 internações por IAM no município de São Paulo, destas, 37% foram referentes às mulheres, em sua maioria na faixa etária de 60 a 69 anos, brancas ou pardas. Já os homens, corresponderam a 63% das internações, apresentando as mesmas constantes nas variáveis idade e cor/raça ao grupo das mulheres. Quanto aos óbitos, foram registrados 939, nos quais, o gênero masculino representou 59%, a faixa etária variou de 60 a 79 anos em sua maioria, e brancos. Já o gênero feminino, com 41%, mostrou-se com 70 anos ou mais e brancos. Comparativamente aos primeiros meses de 2021 foram registradas 1.738 internações, sendo que 63% foram referentes a homens, em sua maioria na faixa etária de 60 a 69 anos, brancos ou pardos. Mantendo a porcentagem de 2020, 37% das internações até o momento de 2021 referem-se ao sexo feminino, correndo em sua maioria nas mesma faixa etária e raça que os homens. No que se relaciona aos óbitos, foram registrados 122, nos quais 56% correspondem a homens, em sua maioria, brancos entre 70 e 79 anos. Já entre as mulheres, manteve-se o padrão de raça branca e idade referida para óbitos masculinos. Conclusão: Em 2020, entre as internações no Município de São Paulo por IAM, prevaleceram pacientes do sexo masculino, de raça branca ou parda, na faixa etária de 60 a 69 anos. Em relação aos óbitos, foram mais frequentes em pacientes do sexo masculino, entre 60 e 79 anos e brancos. Com relação aos primeiros meses de 2021, esse padrão percentual vem se mantendo comparativamente ao ano anterior.