INTRODUÇÃO: O Infarto Agudo do Miocárdio (IAM) é resultante de obstrução aguda ou bloqueio de artéria coronária, impedindo assim a irrigação do músculo cardíaco e gerando necrose tecidual. Tal acometimento arterial gera, principalmente, angina decorrente da isquemia miocárdica, seguida de dispneia, náusea ou síncope e apresenta como fatores de risco não modificáveis: idade, raça, sexo e histórico familiar. Nesse sentido, estudos demonstram que o IAM é a doença cardiovascular (DCV) que apresenta mais óbitos no país, e soma em média 20 milhões de óbitos por ano no mundo.
MÉTODO: O estudo elaborado trata-se de uma análise epidemiológica, descritiva, transversal e retrospectiva. Os dados expostos foram coletados do banco informativo de saúde do DATASUS (TABNET) do ano de 2019, referente ao número de óbito ocorridos no Brasil pelo IAM. As variáveis selecionadas foram: idade, sexo, cor/raça. região e escolaridade.
RESULTADOS: Em 2019 foram notificados 95.557 casos de óbito por IAM no Brasil, dos quais 59,8% eram homens e 40,1% mulheres. No referido ano, a região com maior incidência foi a Sudeste com 46,4%, seguida pela Nordeste (28,3%), Sul (13,1%), Centro-Oeste (6,5%) e Norte (5,7%). Com relação aos dados sociais, a raça branca foi a mais acometida, representando 51,7% dos casos, logo depois está a parda (37,7%), a preta (7,8%), a amarela (0,5%) e a indígena (0,18%). Ademais, a partir de 50 anos observou-se um acentuado acréscimo no número de óbitos, em especial na população acima de 80 anos. Por fim, indivíduos com nenhuma ou até 7 anos de escolaridade, representaram 63,6% dos acometidos.
CONCLUSÃO: O número de óbitos por Infarto Agudo do Miocárdio no Brasil no ano de 2019, ocorreu com maior incidência na região Sudeste, sendo a população predominantemente afetada a masculina, de raça branca na faixa etária acima de 80 anos e com baixa escolaridade.