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10 a 12 de junho de 2021

Tema Livre

TRABALHOS APROVADOS > RESUMO

Doença de Chagas como preditora de disfunção de ventrículo direito

Maria T. C. F. Fernandes, Pedro F. Soares, Luanna M. Damasceno, Arthur C. Tolentino, José V. D. S. Santos, Claudio L. S. Cunha, Daniela N. V. D. Silva, Rodrigo M. V. D. Melo, Tainá T. Viana, Luiz C. S. Passos
Hospital Ana Nery - Salvador - BA - Brasil

Introdução: A Doença de Chagas apresenta elevada letalidade, sendo a etiologia mais comum de miocardiopatia não isquêmica na América Latina. Ademais, é comum haver Insuficiência Cardíaca biventricular em pacientes chagásicos. Diante disso, faz-se necessário investigar possível relação da doença com Fração de Ejeção Ventricular Esquerda (FEVE) reduzida, bem como disfunção de ventrículo direito. Propósito: Avaliar a Doença de Chagas como preditor de Insuficiência Cardíaca com FEVE reduzida e disfunção de ventrículo direito. Método: Trata-se de um estudo transversal realizado com pacientes ambulatoriais portadores de Insuficiência Cardíaca, em centro de referência de Salvador, Bahia, Brasil. Para análise dos dados, as variáveis categóricas foram descritas como frequências e porcentagens. As relações entre as variáveis categóricas foram descritas utilizando-se o Odds Ratio (OR) como medida de associação e Intervalos de Confiança (IC) de 95%, sendo testadas na análise bivariada com o teste do qui-quadrado. Análise multivariada com regressão logística foi utilizada para avaliar preditores independentes de FEVE< 40%.  Resultado: Foram avaliados 408 pacientes, com média de idade de 58,47 ± 13,99 anos, sendo 206 (51,9%) do sexo masculino e 66 (16,2%) portadores de Doença de Chagas. 15 (22,7%) pacientes com Chagas enquadrados como classe funcional da New York Heart Association (NYHA) III ou IV e 51 (77,3%) considerados NYHA I ou II (OR = 0,696; IC 95% 0,37-1,30; p = 0,252). Entre os pacientes com disfunção de ventrículo direito, 27,3% possuíam Doença de Chagas, enquanto 13,8% tinham o diagnóstico da doença entre os pacientes sem disfunção de ventrículo direito (OR = 2,334; IC 95% 1,18-4,61; p = 0,013). No que tange aos pacientes com FEVE reduzida, 20,1% eram positivo para Doença de Chagas, enquanto 10,7% portavam a doença entre os indivíduos sem FEVE reduzida (p = 0,095). No modelo de regressão logística multivariado, a Doença de Chagas mostrou-se como variável independentemente associada à FEVE reduzida (OR = 2,516; IC 95% 1,24-5,01; p = 0,01). Conclusão: A Doença de Chagas, condição concomitante a diversos casos de Insuficiência Cardíaca biventricular, foi vista como preditor independente de FEVE reduzida.

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41º Congresso da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo

10 à 12 de junho de 2021