SOCESP
10 a 12 de junho de 2021

Tema Livre

TRABALHOS APROVADOS > RESUMO

Preditores clínicos associados à pior classe funcional da classe funcional NYHA

Luanna M. Damasceno, José V. D. S. Santos, Pedro F. Soares, Maria T. C. F. Fernandes, Arthur C. Tolentino, Mauricio L. Mota, Narjara D. O. C. Dourado, Rodrigo M. V. D. Melo, Tainá T. Viana, Luiz C. S. Passos
Hospital Ana Nery - Salvador - BA - Brasil

Introdução: A Insuficiência Cardíaca possui repercussão na tolerância aos exercícios e baseado na gravidade dos sintomas é categorizada pela classe funcional da New York Heart Association (NYHA). Ademais, existe uma diferenciação entre os pacientes de acordo com a Fração de Ejeção do Ventrículo Esquerdo (FEVE), que difere em relação às principais etiologias, às comorbidades associadas e à resposta à terapêutica. No entanto, não há um estabelecimento claro acerca de preditores de maior classe funcional. Propósito: Identificar preditores associados a pior classe funcional da NYHA. Método: Estudo transversal com pacientes portadores de Insuficiência Cardíaca, em centro de referência de Salvador, Bahia, Brasil. Para análise dos dados, utilizou-se o Odds Ratio (OR) como medida de associação entre variáveis categóricas e Intervalos de Confiança (IC) de 95%, usando na análise bivariada o teste do qui-quadrado. As variáveis com distribuição normal foram comparadas com o teste T de Student. Análise multivariada com regressão logística foi utilizada para avaliar preditores independentes de pior classe funcional. Resultado: 408 pacientes avaliados tinham idade média de 58,47 ± 13,99 anos e 206 (51,9%), sexo masculino. Pacientes que utilizavam Ivabradina (77,8%), Furosemida (32,8%) e Hidroclorotiazida (48,8%) foram associados a uma pior classe funcional (NYHA III-IV) em relação àqueles que não utilizavam esses medicamentos (27,6%; OR: 9,18; IC 95% 1,88-44,89; p = 0,001), (20,3%; OR: 1,92; IC 95% 1,16-3,17; p = 0,01), (26,4%; OR: 2,65; IC 95% 1,38-5,11; p = 0,003), respectivamente. Nos dados ecocardiográficos, uma maior média de tamanho de átrio esquerdo foi relacionado a uma pior NYHA quando comparado com uma média de menor tamanho (45,94 (± 11,92)mm X 42,84 (± 8,64)mm, respectivamente; p = 0,033), enquanto uma menor média de FEVE foi associada a uma pior NYHA em relação uma maior média de FEVE (35,76 (±14,99)% X 39,75 (± 15,59)%, respectivamente; p = 0,024). No modelo de regressão logística multivariado, apenas a menor FEVE mostrou-se como variável independentemente associada à pior NYHA (aOR = 1,022; IC 95% 1,01-1,04; p = 0,011). Conclusão: Conclui-se que o uso de Ivabradina, Furosemida e Hidroclorotiazida e dados ecocardiográficos, especificamente maior diâmetro de átrio esquerdo e menor FEVE, predizem uma pior categorização na classe funcional. Dentre essas, somente a menor FEVE foi associada como variável independente a NYHA III-IV.

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41º Congresso da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo

10 à 12 de junho de 2021