Introdução: As doenças cardíacas congênitas são as principais causas de óbito em países desenvolvidos, responsáveis por um quinto da mortalidade. Em 2008, corresponderam a 19% da mortalidade em menores de 1 ano, além de possuírem grande impacto na morbimortalidade de crianças e nos custos de saúde. Essas malformações podem evoluir de forma assintomática, bem como apresentar sintomas, como cianose, arritmias cardíacas, sopros, regurgitações. Algumas, caso descobertas precocemente, possuem tratamento e reduzem a mortalidade e custos aos cofres da saúde, tanto público, quanto privado. Objetivo: Quantificar a mortalidade das malformações congênitas na Paraíba, a fim de avaliar variações entre sexos e prevalência da mortalidade dessas patologias no estado da Paraíba(PB), entre os anos de 2009 a 2019. Metodologia: Estudo epidemiológico, retrospectivo, sobre os óbitos causados por malformações congênitas do aparelho cardiovascular, realizado no período 2009 a 2019, a partir da plataforma DATASUS. Foram variáveis analisadas: óbitos por ocorrência, faixa etária, sexo. Resultados e Discussão: A primeira variável a ser analisada foi o sexo, percebe-se que a porcentagem dos óbitos no sexo masculino é de 51,35% e, no feminino é de 48,64%.Observou-se111 óbitos nesse período, 2009-2019, causados por malformações congênitas do sistema cardiovascular. Recém-nascidos que faleceram na faixa de 0 a 6 dias de vida, representam 6,3%, dos quais 50% vêm a óbito antes das 24 horas de idade. Crianças portadoras de malformações em idade de 7 a 20 dias, representam 2,7%. Ao passo que, há uma prevalência da mortalidade em RN de 28 dias ao 1°. mês é de 20,72%. Seguindo a análise, em ordem decrescente de prevalência de óbitos, aos 3 meses é de 14,41%, aos 5 meses 12,61%, 2 meses 9,91%, 4 meses 8,1%, 7 meses 7,2%, 8 meses 6,3%, 9 meses 5,4%, 6 meses 2,7%, 11 meses 2,7%. O que, implica dizer que em 7 meses a prevalência da mortalidade se reduz, e ao passo que se percebem sintomas antes do primeiro mês, há de se estudar como evitar essas mortes. Conclusão: A prevalência da mortalidade no sexo masculino é sutilmente maior em relação ao feminino. Além disso, é importante analisar que há uma grande prevalência de óbitos no primeiro mês de vida, o que recai mais uma vez sobre a vigilância precoce dos sintomas sutis de malformações cardíacas congênitas na PB.
Palavras-chave: Malformações congênitas; mortalidade; prevalência