RESUMO
Introdução: As doenças cardiovasculares (DCV) estão entre as maiores causas de morte no Brasil e no mundo. As DCV podem ser desencadeadas por fatores de risco como: diabetes, hipertensão arterial, sedentarismo, obesidade, sono inadequado, dislipidemia, fumo entre outros. Estes fatores de risco diminuim a capacidade funcional dos indivíduos e reduz o consumo de oxigênio (VO2pico). A prática de exercício físico regular é um grande aliado contra o desenvolvimento de doenças cardiovasculares. A avaliação da força muscular máxima destes indivíduos com a maior acurácia é fundamental neste processo. O dinamômetro isocinético (DI) atualmente é considerado o padrão ouro para a avaliação da força muscular. Objetivo: Comparar o VO2pico com o pico de torque a 60°/S no dinamômetro isocinético. Material e Métodos: Trata-se de um estudo observacional, transversal e prospectivo, realizado com 21 indivíduos de ambos os sexos (08 homens e 13 mulheres), com idade média de 50,01±4,5 anos; IMC médio de 32,45±5,9; que realizaram o teste cardiopulmonar em cicloergômetro, com incremento de carga de 5 a 20 W/min, até a exaustão. O DI Biodex® foi programado no modo isométrico e concêntrico/concêntrico. Foi realizada a avaliação da musculatura de coxa bilateral na velocidade angular de 60°/s. Resultados: Os valores de VO2pico (13,0±1,5) não tiveram correlação estatisticamente significativa com o pico de torque para extensão de joelho direito (R=0,37; P=0,09) e extensão de joelho esquerdo (R=0,21; P=0,37); entretanto houve uma correlação moderada e significativa entre o VO2 e o pico de torque para flexão do joelho direito (R=0,60; P=0,003) e também entre o VO2 e o pico de torque para flexão do joelho esquerdo (R=0,46; P=0,03). Conclusão: Houve correlação entre o VO2 e o pico de torque para flexão do joelho direito e flexão de joleho esquerdo.
