OBJETIVO: O o objetivo deste estudo foi avaliar a Associação entre a fragilidade, avaliada pela pela escala de FRAIL e Clinical Frailty Scale (CFS), o fragmento C terminal de agripa (CAF) e a mortalidade no follow up de 3 meses em pacientes com infarto agudo do miocárdio com supra desnivelamento de ST(IAMCSST). MATERIAIS E MÉTODOS: Este foi um estudo observacional e prospectivo que incluiu pacientes com mais de 18 anos com IAMCSST admitidos na unidade de terapiaintensiva coronariana. Dentre as 48 horas iniciais após a admissão, foram aplicadas as escalas de CFS e FRAIL além de coletadas amostras de sangue para avaliação do CAF pelo método de ELISA. Os pacientes foram acompanhados por 3 meses após a alta hospitalar, sendo a mortalidade registrada. Foram realizadas as análises univariadas e regressões logísticas multivariadas, com nível de significância adotado de 5%. RESULTADOS: 111 pacientes foram incluídos, com idade média de 62.3 ± 12.4 anos, 61.3% eram homens e 11,7% morreram durante os 3 meses do follow-up. De acordo como o CFS, 79,3% dos pacientes foram classificados como não-frágeis, 12,6% como pré frágeis e 8,1% como frágeis. De acordo a escala de FRAIL, 31,5% dos pacientes foram classificados como não frágeis, 53,2% como pré frágeis e 15,3% como frágeis. Na análise univariada, a escala de CFS foi associada com a mortalidade. Na análise por regressão logística multivariada, a fragilidade/pré fragilidade de acordo com o CFS (odds ratio [OR]: 6.118; CI 95%: 1.344-27.848; p=0.019) e os níveis de CAF (OR: 0.943; CI 95%: 0.896-0.992; p=0.024) estão associados com o aumento da mortalidade em 3 meses, quando ajustados por critérios como idade, gênero, e os níveis de CKMB. Em uma sub-análise com 53 pacientes com mais de 65 anos, CFS e os níveis do CAF estiveram associados com a mortalidade em 3 meses. CONCLUSÃO: A fragilidade avaliada pela escala de CFS e os níveis séricos de CAF estiveram associados com a mortalidade em 3 meses após o IAMCSST na população geral e em idosos.