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10 a 12 de junho de 2021

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TRABALHOS APROVADOS > RESUMO

ESTUDO EPIDEMIOLÓGICO DO IMPACTO DA COVID-19 NA TAXA DE MORTALIDADE POR DOENÇAS DO APARELHO CIRCULATÓRIO NA PARAÍBA

LUZ, D.S, MOREIRA, B.M, COSTA, B.S.L, TELES, D.R.D, COURA, K.A, JÚNIOR, L.C.V.B, SOARES, S.F.B
Faculdade de Medicina Nova Esperança - João Pessoa - Paraíba - Brasil, Centro Universitário de João Pessoa - João Pessoa - Paraíba - Brasil, Faculdade de Ciências Médicas - João Pessoa - Paraíba - Brasil

Introdução: O novo coronavírus, responsávelpela pandemia de 2020, denominadoCOVID-19, é causado pelo Sars-Cov2 (Coronavirus Disease - 19). Uma vez infectado, o indivíduo pode adquirir alterações cardiovasculares, como arritmias, lesão cardíaca aguda, miocardite, dentre outras. Enquanto aqueles com doença prévia do aparelho circulatório, têm um elevado risco de agravamento e mortalidade pelo vírus. As complicações decorrem da ação inflamatória sistêmica e dos distúrbios imunológicos, o que pode provocar um desequilíbrio entre a alta demanda metabólica e baixa reserva cardíaca, com trombogênes e lesão cardíaca direta pelo vírus. Essa dupla relação tem sido motivo de preocupação, logo, este estudo objetivou descrever as implicações da COVID-19 na taxa de mortalidade por doenças do aparelho circulatório, no estado da Paraíba. Métodos: A partir da base de dados DATASUS – Sistema de Informações Hospitalares do SUS (SIH-SUS), realizou-se um estudo epidemiológico descritivo, onde foram coletadas informações acerca da taxa de mortalidade por doenças do aparelho circulatório, no estado da Paraíba, entre o período de janeiro de 2018 até dezembro de 2020, levando em consideração os critérios idade e sexo. Resultados: Observou-se que a taxa de mortalidade por doenças do aparelho circulatório, nos anos que antecederam a pandemia foi de 10,97 em 2018 e 11,79 em 2019, enquanto queno ano pandêmico, de 2020, encontramos um aumento relativo para 13,62. Quanto ao sexo, nos três anos pesquisados, a taxa de mortalidade foi superior no sexo feminino, com um total de casos de 12,61 em mulheres e 11,51 em homens. Em relação a faixa etária, nos três anos correntes, a taxa de mortalidade foi maior nos indivíduos com 80 anos ou mais, com um total de 20,56. Conclusão: A partir dos resultados, evidenciou-se que a taxa de mortalidade por doenças do aparelho circulatório foi superior no ano pandêmico, o que corrobora com os dados da literatura. Por conseguinte, é relevante valorizar o processo de cuidado dos pacientes com COVID-19 que apresentam doenças do aparelho circulatório, em especial, indivíduos muito idosos e do sexo feminino. É válido destacar a importância de se prevenir as doenças do aparelho circulatório, e de fortalecer mecanismos que contribuam para reduzir a contaminação desses indivíduos pelo vírus. E para aqueles já infectados, é fundamental haver um diagnóstico precoce e tratamento clínico adequado, a fim de se evitar o agravamento e morte desses indivíduos.

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41º Congresso da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo

10 à 12 de junho de 2021